quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Agenda 21 e Educação Popular

Educação Popular através da AGENDA 21

Texto Bióloga, Supervisora- Referência da Educação Ambiental da SMED, Interlocutora do Consórcio da Bacia Hidrográfica dos Sinos-Prósinos São Leopoldo : Débora Cristina Schilling Machry


Para pensar e agir coletivamente são necessárias diferentes maneiras de encontrar respostas para os desafios diários .  A agenda 21, é uma ferramenta que concebe o currículo formal e não-formal como um conjunto planejado e programado de práticas socioambientais, culturais, econômicas, éticas, étnicas, e etc .
 No nosso dia-a-dia, quando agendamos nossas tarefas queremos com isto nos organizar. Planejando, destinando horários, podemos cuidar de nossa alimentação, estudos, compromissos de trabalho assim por diante. Desta maneira conseguimos nos emancipar, termos controle sobre nossas responsabilidades e até podemos monitorar, avaliar e avançar em nossas conquistas.
Na Rio 92, 179 países assinaram uma agenda 21 para garantir através de suas responsabilidades socioambientais sustentáveis um modelo de desenvolvimento que deveria resultar na melhoria de qualidade de vida no e do planeta. Essa agenda é chamada 21 por que vivemos neste século. Na Rio+20, o documento em questão, foi avaliado e infelizmente pouco foi feito para preservação e sustentabilidade de nossas ações e produtos.
Jovens, crianças, adultos e idosos estão preocupados com a situação atual da natureza e entendem que devem agir para diminuir nossos impactos ambientais. Para atuar de forma significativa  é necessário diálogo, estudo, interdisciplinariedade, contextualização das diferentes realidades (local, regional, e planetária). Também para elaborar um plano de sistematização crítico e investigativo, como é  o caso da agenda 21 é necessária uma proposta que explicite contradições, respeite diferentes visões e percepções. É crucial trabalhar em rede. “Mas não dá para atirar para tudo quanto é lado”, é fundamental focar em ações mais emergentes. 
O principal objetivo da agenda 21 é estabelecer diálogo entre os cidadãos que possuem diferentes saberes e fundamentalmente seu plano de ação é baseado nos sonhos que todos temos para um mundo mais humano, crítico, com controle social consciente, eficiente e responsável dos seus direitos e deveres.
Mas para cada sonho existe uma pedra no caminho. Para cada realidade é necessário um plano de ação, onde deverá haver a aplicação dos conhecimentos formais e não-formais aprendidos durante a vida com nossa família, amigos, professores e vizinhos.
Na escola, o currículo deve ser construído com a compreensão de que os educadores possuem para cada situação diferentes relações, que se estabelecem com os diferentes problemas na comunidade, na escola, na sala de aula, com seus colegas, equipe diretiva, família e alunos...enfim com o meio ambiente.
Encontradas soluções, chega a hora de aplicar o conhecimento adquirido. No currículo dinâmico da nossa vida as aprendizagens são sucessivas, muitas vezes repetitivas e até retrógradas.
Mas se o planejamento for flexível, compreensivo para com as limitações humanas o sucesso é garantido.  Bons agendamentos de sucessos para você!   

           


sábado, 13 de outubro de 2012

Artigo- De Olho nas Nascentes

Nascentes: artérias dos rios
Texto: Bióloga, Supervisora-Referência da Educação Ambiental SMED- São Leopoldo e Professora de Ciências Débora Cristin a Schilling Machry



Nascente do Arroio João Corrêa- Vila Duque
Título da foto: Água Pura em meio ao Lixo!

Nascente do Arroio João Corrêa, na Avenida Mauá

Olho d'água, nascente do Arroio João Corrêa em S.L.
Fotos Débora C.S. Machry

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

O que é ser Professor?

O que é ser professor ? 
Texto :Bióloga, Supervisora Referência da Educação Ambiental da SMED SL  e Professora de Ciências nas EMEFs Barão do Rio Branco e Dr. Jorge Germano Sperb Débora Cristina Schilling Machry 
Ser professor é, em primeiro lugar, aceitar-se e ser aceito como um indivíduo humano sujeito a erros e acertos como qualquer pessoa.  
Ser professor é ter fé num futuro melhor através da educação formal e não-formal, é estudar diariamente para solucionar os desafios na escola e na vida. É planejar, programar, organizar atividades para que a convivência escolar seja prazerosa, provocante, curiosa e às vezes até enfadonha, repetitiva mas necessária.  
Ser professor é ter orgulho da missão de educar, de aprender, de estimular cotidianamente os educandos. É ser exemplo e inspiração para novas realidades mesmo que estas pareçam complicadas no dia-a-dia. O termômetro para sabermos se a pequena semente frutificará no universo da educação se dá através da evolução dos alunos nas suas profissões,  nas suas carreiras,  nas suas vivências com a família, vizinhos, comunidade, cidade, ...planeta.  Ninguém pode esquecer de um professor quando falamos na organização da sociedade mundial.  
Ghandi, Érico Veríssimo, Einstein , Madre Tereza e outros ícones mundiais tiveram seus mestres que ficaram em suas mentes, por que lhes tocaram o coração.  
É deste professor que se trata este artigo. Professor batalhador, que na literatura, na ciência, na história, na arte e assim por diante consegue juntamente com seus educandos, familiares e comunidade deixar uma marca de amizade, convivência, solidariedade, afeto, e até mesmo saudade de amores que ficaram nas suas relações com e para educação. 
Hoje, como professora, me sinto realizada, pois encontro meus alunos: uns trabalham comigo pois são como eu professores, outros rezam comigo em minha casa, outros são psiquiatras, dentistas, donas de casa, músicos, repórteres, geriatras, nutricionistas... E o que me deixa mais feliz é que quando os vejo, depois de tantos anos ainda me reconhecem, vêm em minha direção e me abraçam e beijam 
Sou uma professora realizada, mas que entende que precisa muito ainda aprender, explicar, divulgar, estudar, criticar... pois novas gerações estão chegando e num novo tempo.  
O “novo” sempre é instigante, curioso, precisa cautela e algumas vezes um salto sem pára-quedas. Por isso que a educação é tão estimulante, há respostas certas e outras discutíveis pois o conhecimento é vivo, pulsa nas “cabeças” criativas e críticas.  
Ser professor é vibrar com a profissão que muitas vezes não é reconhecida pelos governos. Mas não podemos parar, pois quem é verdadeiramente professor sabe que nosso sonho vai além da sala de aula.  
Pedras no caminho, sempre existirão, como em cada profissão, mas perder o foco jamais: garantir a aprendizagem  aplicada ao controle social consciente dos direitos e deveres de cada cidadão, respeitando, reciclando, reduzindo, reaproveitando e repensando novas estratégias, hipóteses, teorias pois esta é a base da ciência da nossa formação. Feliz dia dos Professores! 


Semente de Alamanda: Dentro de cada um tem muitos talentos.
Professor também descobre talentos!
" Na natureza nada se perde, tudo se recicla, se transforma e torna a viver nos ecossistemas. Pense nisso!
 Faça sua parte, por menor que esta "parte" possa parecer é melhor agir do que não fazer nada! "Débora Machry

Amor Verdadeiro- Artigo publicado no VS e Correio do Povo

Amor verdadeiro não se compra
Texto : Bióloga, Supervisora-Referência da Educação Ambiental da SMED-SL Débora Cristina Schilling Machry
Muitos pais tem medo de que faltem bens materiais para seus filhos. Tem receio, por que pensam que são responsáveis por todos os prazeres de seus filhos. Evitam ao máximo suas frustrações para que não sintam tristeza ou contrariedades. Como os responsáveis perdem muita coisa boa do crescimento e evolução dos seus filhos  sentem-se culpados e fazem como o presidente Bush mandou quando as torres gêmeas sofreram atentado e ele recomendou em rede nacional: comprem! Bush realmente acreditava que era possível evitar o luto e que era possível preenchê-lo com bens de consumo. Que absurdo!
A proteção pode vir camuflada no consumismo a fala repetida é: “Não quero que falte nada para meu filho! Quero lhe dar aquilo que não tive!”
Será que quando estas crianças virarem adolescentes a vida vai ser mais fácil? Quando a menina tímida, estudiosa se apaixonar pelo rapaz viril e bonito que não sabe que ela existe as compras vão evitar sua tristeza? 
Os progenitores esquecem que lhes foi oportunizado vivências que nem sempre foram perfeitas. Estas foram importantes, recheadas de perguntas com respostas que talvez não eram aquelas que queriam ouvir mas que contribuíram  para seu desenvolvimento psico-emocional. Errar faz parte da vida. A vida não é feita só de prazeres, mas de momentos simples, de cenas repetidas, de exercícios rotineiros e repetitivos para mudarmos para melhor em nosso dia-a-dia e assim cuidar de si e das vidas alheias. Nossos dias não são iguais, alguns são bons, outros muito bons mas não o tempo todo. Entender e aceitar esta premissa, dá uma compre-ensão humana para nossa vida. Não dá para acertar sempre, mas podemos e sabemos que tentar e fazer algo é muito mais do que não fazer nada.
Elogiando os pontos positivos de uma criança, infalivelmente ela melhora. Brincando, permitindo que ela erre, amparando-a na hora certa, escutando mais do que só dando ordens.
Na escola a criança permanece por algumas horas de seu dia-a-dia, nem sempre com um único professor. É de casa que vem os maiores ensinamentos de convivência e relações. Os filhos são o reflexo de seus pais que também estão aprendendo a ser pais. Com isto quero lembrar que pais ou responsáveis também erram e precisam exercitar o perdão com si próprios. Não adianta tentar evitar o que não é bom da vida. É vital que passemos juntos as dificuldades por que não há dinheiro que compre o amor de pai e de mãe.  Sou solidária a causa familiar pois sou filha e mãe. Amo meus pais e meus irmãos.

foto de hibiscus: Débora Cristina Schilling Machry


foto: Líquens da Estância do Sr. Pedro Machry: Débora Machry


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Educação Popular através da Agenda 21

Educação Popular através da AGENDA 21

Texto Bióloga, Supervisora- Referência da Educação Ambiental da SMED, Interlocutora do Consórcio da Bacia Hidrográfica dos Sinos-Prósinos São Leopoldo : Débora Cristina Schilling Machry


Para pensar e agir coletivamente são necessárias diferentes maneiras de encontrar respostas para os desafios diários.  A agenda 21, é uma ferramenta que concebe o currículo formal e não-formal como um conjunto planejado e programado de práticas socioambientais, culturais, econômicas, éticas, étnicas, e etc .
 No nosso dia-a-dia, quando agendamos nossas tarefas queremos com isto nos organizar. Planejando, destinando horários, podemos cuidar de nossa alimentação, estudos, compromissos de trabalho assim por diante. Desta maneira conseguimos nos emancipar, temos controle sobre nossas responsabilidades e até podemos monitorar, avaliar e crescer em nossas conquistas e avanços.
Na Rio 92, 179 países assinaram uma agenda 21 para garantir através de suas responsabilidades socioambientais sustentáveis um modelo de desenvolvimento que deveria resultar na melhoria de qualidade de vida no e do planeta. Essa agenda é chamada 21 por que vivemos neste século. Na Rio+20, o documento em questão, foi avaliado e infelizmente pouco foi feito para preservação e sustentabilidade de nossas ações e produtos.
Jovens, crianças, adultos e idosos estão preocupados com a situação atual da natureza e entendem que devem agir para diminuir nossos impactos ambientais. Para atuar de forma significativa  é necessário diálogo, estudo, interdisciplinariedade, contextualização das diferentes realidades (local, regional, e planetária). Também para elaborar um plano de sistematização crítico e investigativo, como é o caso da agenda 21 é necessária uma proposta que explicite contradições, respeite diferentes visões e percepções. É crucial trabalhar em rede. “Mas não dá para atirar para tudo quanto é lado”, é fundamental focar em ações mais emergentes. 
O principal objetivo da agenda 21 é estabelecer diálogo entre os cidadãos que possuem diferentes saberes e fundamentalmente seu plano de ação é baseado nos sonhos que todos temos para um mundo mais humano, crítico, com controle social consciente, eficiente e responsável dos seus direitos e deveres.
Mas para cada sonho existe uma pedra no caminho. Para cada realidade é necessário um plano de ação, onde deverá haver a aplicação dos conhecimentos formais e não-formais aprendidos durante a vida com nossa família, amigos, professores e vizinhos.
Na escola, o currículo deve ser construído com a compreensão de que os educadores possuem para cada situação diferentes relações, que se estabelecem com os diferentes problemas na comunidade, na escola, na sala de aula, com seus colegas, equipe diretiva, família e alunos...enfim com o meio ambiente.
Encontradas soluções, chega a hora de aplicar o conhecimento adquirido. No currículo dinâmico da nossa vida as aprendizagens são sucessivas, muitas vezes repetitivas e até retrógradas.
Mas se o planejamento for flexível, compreensivo para com as limitações humanas o sucesso é garantido.  Bons agendamentos de sucessos para você!   

           

Resíduo Sólido durante e após a Eleição

Resíduo Sólido durante e após Eleição

Texto : Bióloga,  Professora de Ciências, Supervisora-Referência da Educação Ambiental -Débora Cristina Schilling Machry

É lamentável ver aquela quantidade de “santinhos” espalhados pelo chão em dia de eleição. Fico com vergonha dos meus alunos, afinal explico para eles que jogar lixo no chão é sinal de falta de educação.
Futuros gestores de nossa cidade e todo aquele resíduo! Como acreditar que a relação do homem com o meio ambiente pode mudar, se quem promete que vai faze-lo dá mal exemplo?
O que será feito com todos os banners utilizados pelos candidatos? Serão destinados ao aterro sanitário para entupirem o solo? Ou serão descartados em algum arroio? A natureza que se vire e se entupa com todo resíduo e toda falta de respeito por ela? 
E eu que me vire dentro das salas de aula com a educação ambiental. Uma possibilidade que acredito que dá certo para que o meio ambiente sobreviva é  cada um fazer a sua parte. Não esperar que os governos façam aquilo que nos compete. Também acredito que, multiplicar boas práticas socioambientais das pessoas ditas “comuns” seja a solução, afinal não há necessidade de “inventar a roda” mas sim reinventá-la todos os dias. Se não fosse assim nem teria forças de sair da cama.
Muitas professoras, enfermeiras, médicas, técnicas de segurança do trabalho, engenheiras, entre outras profissões compartilham este sentimento comigo. Existem ainda muitas pessoas preocupadas com a situação ambiental atual.
Mas é inadmissível que tanto lixo seja produzido em dia de eleição.
Você eleitor, eleitora sabe que os nossos candidatos estão na nossa “colinha”, não precisamos que nos lembrem do nosso dever com tanta falta de cuidado para com a vida do solo, a da água, do ar...
Será que alguém vai pensar que o resíduo sólido espalhado poderia ter sido destinado à coleta seletiva da cidade? O candidado ideal precisa ser exemplo de atuação.
O papel, o banner, a madeira, os grampos ... nenhum destes materiais dizem quem realmente é o candidato. No entanto é essa sobra de campanhas nada sustentáveis que irão parar nos bueiros, nos rios, nos mares, no sistema digestório de alguma ave ou tartaruga fazendo com que os mesmos sintam dor e fome.  
O bom exemplo convence, dá segurança e nos conforta sensação bem diferente daquele exemplo de promessas que talvez nem sejam cumpridas mas que estavam nas propagandas. Pense nisso!
Então o processo eleitoral acabou dia 7 de outubro, mas para natureza está só começando. Consciência para todos os eleitores e um pedido de desculpa para meus alunos, meus amigos, meu meio ambiente. 


quarta-feira, 18 de abril de 2012

CONSUMO  RESPONSÁVEL


  Texto: Bióloga , Professora da RME e  Supervisora-Referência da Educação Ambiental da SMED Débora Cristina Schilling Machry
O nosso corpo precisa de movimento.  O mundo está em constante movimento.
Nossa evolução biológica nos faz lembrar que fomos nômades. Hoje somos sedentários.  Não tínhamos endereço fixo. O alimento era um fator determinante para nossa permanência num determinado local. Ao diminuir a oferta, nossos ancestrais “levantavam acampamento”! O consumo era bastante responsável nestas épocas de alimento escasso. O ser humano não podia desperdiçar, não sabia como armazenar, se proteger, não se organizava para "guardar" como faz hoje em dia (alguns tem armários cheios de coisas que nunca irão usar, outros tem alimentos que só irão estragar ...).
No que diz respeito à gestão do cuidado com ações rotineiras do dia-a-dia com a saúde por exemplo, no quesito exercícios ou alimentação deixamos à desejar, basta ouvir e ver os dados divulgados sobre a obesidade. Hoje em dia temos o carro que nos leva, o ônibus, o trem, a carona, comemos alimentos pré-mastigados (processados), o controle remoto da TV, do rádio,evolução cultural.Mastigar? Pra quê? 
      Estamos indo contra nossa própria natureza. O vício como algo que aprisiona, que faz mal a saúde. Me  faz lembrar uma coisa que meu irmão diz : a pessoa que não mastiga de forma correta bebe água para empurrar o alimento. O vício é semelhante, por que, quando a pessoa não resolve suas questões do seu dia-a-dia de forma clara e coerente tem no vício a ajuda para  “engolir” os “sapos”! Assim como a água junto com a refeição causa má digestão e mau estar, o vício, da mesma forma causa arrependimentos e tristezas desnecessárias.  Então comer, fumar, beber, jogar,... em demasia para se desligar por alguns instantes dos problemas não resolve os entraves de nossa evolução biológica ou cultural, pelo contrário cada vez mais atrasa nosso desenvolvimento necessário para que sejamos pessoas melhores conosco mesmos.
 Portanto é importante, não agirmos contra nossa própria natureza. Precisamos do movimento, do exercício, nossa evolução biológica não pode parar, chega de tantos remédios, consulte seu cardiologista, faça seus exames, reveja seu consumo, seja responsável. Todos agradecem e o retorno será seu. A natureza não aguentará por muito tempo tanta insatisfação pessoal, consumo exagerado, gente nascendo sem a consciência de que a água vai faltar se não for bem utililizada, de que é preciso poupar, separar o resíduo sólido , respeitar a vida , reciclar, reutilizar e acima de tudo saber amar ao próximo como a si próprio. Quem se ama e se respeita sabe amar e respeitar o outro. Seja  um bom exemplo para sua família e seus amigos.



Débora C. Schilling Machry
Supervisora SMED
Interlocutora do PróSinos

Mortandade Anunciada


Texto Bióloga e Supervisora da RME Débora Cristina Schilling Machry

Na vida de todos os seres vivos dos cinco reinos que existem na natureza todos tem uma única certeza, a morte. Todos tem um Ciclo Vital. Nascer, crescer, desenvolver, reproduzir, envelhecer e morrer. É natural pensar assim. Ninguém gosta de perder alguém seja a circunstância que for.
Alguns seres vivos, ao nascerem já morrem, ou então durante o seu desenvolvimento tem sua vida ceifada. O Ciclo de vida poderá ou não ser reduzido, vários fatores interferem neste processo.
Não é natural acelerar o processo vital de qualquer ser vivente, por ganância, egoísmo, inveja, porque o ser humano se acha “imortal”. Porque pensa que no seu conceito de crescimento, esta palavra significa apenas consumir para deixar de ser infeliz. É necessário aprender a lidar com as tristezas e também pedir ajuda. Se precisa de carinho pede, não maltrate a vida por que ela lhe parece injusta.  
Nosso Rio dos Sinos, infelizmente está sendo vítima de maus tratos. Do rio está sendo tirada uma grande quantidade de água para plantações, há contaminação por esgoto, indústrias jogam seus venenos letais na água.  Parece que estamos acima das conseqüências de nossas ações. Sabemos que não é bem assim. Se espalharmos ações de degradação a natureza não poupará nossas ações futuras. 
O Ciclo Vital dos animais e plantas que dependem deste habitat aquático está sendo abruptamente desrespeitado, cancelado, deletado, cortado... estancado.
Nos primeiros socorros, a prática de torniquete para estancar o sangue não é mais utilizada. Pode causar a necrose e morte de tecidos que até então não apresentavam riscos de infecção e de possível amputação. Fazendo um comparativo com o que está acontecendo com nossas águas também não é certo estrangular o nível de oxigênio a ponto de ter que amputar a vida de um rio que é vital para milhares de vidas. Não faz sentido.  
É esperado que a vida, enfrente vários desafios (fenômenos atmosféricos, predação, competição...num nível tido como normal para as circunstâncias esperadas). Mas não é bem assim, na anormalidade mundial do que está acontecendo a biodiversidade está ameaçada. Aquecimento global, violência socioambiental e falta de cuidado aceleram a degradação do ambiente. Menores serão as chances de todos nós.
Nosso rio está agonizando. Dependemos dele para abastecer nossas casas, para nossa higiene, para fazer nosso alimento, para o nosso  lazer ... para beber.
Nossa existência adquire um sentido de plenitude quando deixamos descendentes que em nossos ideais perpetuarão nossa espécie. Só nós? Os outros seres vivos não tem este mesmo direito?
 Em todas as células está impresso uma condição: deixar descendentes férteis para dar continuidade à evolução.
 Então pergunto, se não temos todas as respostas para a vida ou para a morte e somos criativos, podemos, lá em nossa casa, em nosso trabalho, na convivência familiar encontrar alternativas estratégicas para evitar mais mortandades desnecessárias? Pense nisso, precisamos entender que os problemas são oportunidades para o crescimento e não para limitações.  Tente se colocar no lugar da vida aquática que está sufocando e você verá que é insuportável viver assim e as respostas para a sustentabilidade irão brotar, florecer e frutificar. Tente fazer este exercício, você é capaz!




Débora C. Schilling Machry
Supervisora SMED
Interlocutora do PróSinos